Autoria de Manuela Dutra
COM A PALAVRA: ELA
Uma lâmpada que acende
Uma luz que ilumina
Um brilho na mente
Um lance que alucina
Assim eu chego, de repente
Numa conversa de esquina
Num papo de demente
Sem muita disciplina
Mas aquele que me sente
E não me deixa à surdina
É um tipo inteligente
Que nem sempre raciocina
É sujeito diligente
Que às vezes te azucrina
Ele pensa diferente
Sem usar da cocaína
Larga de ser exigente
Para e pensa, examina
Nesse plano delinqüente
Pode ter muita propina
E se não for suficiente
Esse apelo de sovina
Só se deve ir em frente
Se o plano te fascina
Mas se o sujeito for doente
Igual uma tal de Medéia
Mudo assim, de repente
A rima dessa epopéia
Ainda sobre essa gente
Que chega a dar dispnéia
Sai de perto calmamente
Não existe panacéia
Posso não ser coerente
Mas não trago cefaléia
E não ser experiente
Mas encanto uma platéia
Porque, pra mim, ser envolvente
Uma fabulosa odisséia
É nunca pensar evidente
É ser sempre uma estréia
E pra acabar surpreendente
Vou de onomatopéia
Sou seu subconsciente, “tchan tchan tchan!”
Me chamam de “Puta Ideia.”
Minha amiga Manu, sempre estréia!
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